Título da redação:

MERCADO E BELEZA: A DIÁDE DA COMPULSÃO ESTÉTICA

Tema de redação: O modismo das dietas e suas implicações

Redação enviada em 10/08/2018

O ideal ao corpo magro e com fisionomia hipertrofiada já era documentado na Grécia Antiga associada à virtude, resistência e virilidade. Hodiernamente, tal concepção incorporou no âmbito mercantil a partir do sistema capitalista. Nesse viés, não apenas a mídia televisiva, mas também a coerção social para adoção do corpo perfeito catalisa transtornos alimentares. A princípio, houve após a Segunda Guerra Mundial a democratização da moda e dos tratamentos cirúrgicos ao desburocratizar e desbarate-los. Tal movimento foi acompanhado por grandes corporações que, usufruindo-se de seu capital, investiram na produção de musicas e filmes Hollywoodianos a fim de aumentar a lucratividade ao associar o corpo esbelto à saúde, sucesso, amor e atratividade física na cultura ocidental. Como consequência, inúmeros indivíduos enveredam em dietas e tratamentos estéticos nada saudável para adequar-se ao padrão social e ser aceito, seja no âmbito corporativo, seja nas relações familiares. A corpolatria, apesar de prometer o bem-estar, todavia, é responsável pelo aumento de índices de transtornos alimentares. De fato, dietas mirabolantes ao privar o organismo de substancias fundamental, estressa o corpo e altera o curso de vias metabólicas, como da glicólise e, por conseguinte, o propicia o desenvolvimento de anorexia e bulimia entre os adeptos mais radicais. Desse modo, fiscalizar propagandas midiáticas abusivas, bem como instruir e educar o corpo social sobre consequências da estética ‘’ideal’’ é premente para a saúde física e emocional da população. Fica evidente, portanto, a necessidade de regulamentar não apenas do abuso midiático na publicidade de produtos de cosméticos e beleza, como também da instrução/educação da sociedade para lidar com a problemática. Para isso, o CONAR – Concelho Nacional De Autorregulação Publicitária – conjuntamente a ONG’s associadas à temática devem recrudescer medidas de fiscalização e penalidades as indústrias com marketings discriminatórios e incondizente a realidade cultural – a massificação do perfil eurocêntrico associado a estereótipos da cultura afro-asiática e corpo ‘’fora de forma’’ – por intermédio do aumento de multas proporcional ao ato inflacionário. Ademais, as instituições educacionais da rede primária e secundária devem deliberar palestras e atividades lúdicas concomitantes a disciplinas multidisciplinares, em praças e eventos escolares, a fito de conscientizar e promover uma atitude crítica dos padrões de beleza. Poder-se-á com tais diretrizes conter o nefasto efeito da ‘’ditadura da beleza’’ nos brasileiros.