Com a simplificação do acesso à conteúdos nutricionais, muitas informações sobre a propriedade dos alimentos foram compartilhadas, e nem todas elas eram verídicas. Surgiram então dietas restritivas baseadas nessas falsas informações e logo caíram no gosto popular, devido ao rápido resultado apresentado. Dieta do glúten, da lactose, da lua, da proteína: é raro quem nunca tenha ouvido falar de algumas dessas, assim como também é raro quem saiba do impacto que, à médio e longo prazo, as mesmas causam ao nosso organismo e saúde. Frequentemente, novos alimentos são taxados como os vilões da dieta e de uma vida saudável, se tornando vítimas do atual modismo alimentar, no qual muitas pessoas cortam diversos ingredientes de sua alimentação diária por achar que os tais fazem mal ou engordam. Uma pesquisa da Nestlé, feita em 2017, afirma que 79% das pessoas que cortaram a lactose da dieta nunca fizeram um teste para confirmar intolerância à esse tipo de carboidrato, o que comprova que são na falta de informações corretas e de conhecimento sobre as propriedades alimentícias que as restrições da dieta são baseadas. Assim como temos os vilões da dieta, temos também os famosos heróis: alimentos tidos como mágicos na busca de uma vida mais saudável ou perda de peso, como batata doce, tapioca e leveduras. Realmente, a introdução desses itens na dieta é extremamente benéfica, e junto com outros grupos de alimentos, formam uma alimentação balanceada e rica em nutrientes essenciais ao nosso organismo. A questão é que tal equilíbrio é extremamente raro, e o que acontece é a escolha restritiva de poucos alimentos a serem ingeridos por um curto período de tempo, podendo levar a ganha de peso em longo prazo e até doenças como bulimia e anorexia. Portanto, a problemática que afeta diretamente a saúde da população deve ser resolvida. A ampliação do número de nutricionistas em postos de saúde, incentivados pela Prefeitura e pelo Ministério da Saúde, contribuirá para uma maior difusão de informações corretas, além de possibilitar a criação de dietas individuais para cada pessoa. Além disso, é essencial que seja inserido na base curricular das escolas a educação alimentar, que além de falar sobre propriedades dos alimentos, ainda ensinará os estudantes a lerem rótulos e embalagens dos produtos, buscando sempre pela opção mais saudável e diminuindo assim as dietas modistas.