A preocupação com o modismo das dietas está presente na contemporaneidade. Considerando esse contexto, podem ser discutidos o excesso de restrições alimentares e suas implicações e, as embalagens e anúncios que enganam os consumidores. Pode-se, então, avaliar o quão relevante é esse assunto para a sociedade. Em primeiro lugar, é preciso analisar o fato de embalagens e anúncios que induzem os consumidores a comprarem produtos sem glúten e sem lactose. Isso porque, segundo levantamento realizado pela área de Inteligência e Pesquisa de Mercado da Editora Abril, 19% dos entrevistados fizeram restrições do consumo de glúten, além de 28% que eliminaram a lactose da dieta. O que assusta nessa pesquisa é que a maioria dos entrevistados cortaram essas proteínas por conta própria e, pelo simples fato de associarem tais componentes como não saudáveis. Vale, ainda, destacar os encadeamentos que o excesso de restrições alimentares traz aos usuários, uma vez que muitos praticantes das novas dietas têm que se preocupar em restringir diversos nutrientes, como o glúten, lactose e gorduras trans mesmo sem terem nenhuma restrição alimentar. Tais restrições podem ser extremamente nocivas à saúde de seus praticantes, que acabam sendo prejudicados com diversos transtornos alimentares, como a anorexia e a bulimia. Por conseguinte, são necessárias novas ações para a resolução desses problemas. A Anvisa deve regular uma medida para que os produtores não deixem que os avisos nutricionais de cada produto estimulem os consumidores a escolherem pelos itens que restringem mais, para, assim, contribuir com uma alimentação completa e nutritiva a todos os clientes.