Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa a moda das dietas e seus encadeamentos, no Brasil, hodiernamente, verifica-se que esse ideal iluminista é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país, onde indivíduos seguem dietas à risca prejudicando a sua saúde física e mental. É indubitável que a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil, embora o direito à alimentação seja assegurado pelo artigo 6º da Constituição Federal, a sociedade capitalista rompe essa harmonia impondo padrões de beleza utópicos aos indivíduos, haja vista que os mesmos ao adotarem dietas rigorosas acabam, em certos casos, adquirindo distúrbios alimentares, como: anorexia, bulimia e a compulsão alimentar que podem ser fatais. Outrossim, destaca-se a mídia, que propaga um ideal de beleza irreal, que divulga propagandas de certos alimentos que não possuem glúten ou lactose, seduzindo o consumidor a comprá-los no achismo de que o mesmo terá uma vida mais saudável. A mídia se torna uma impulsionadora de problemas. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que a mídia exerce um papel preponderante sob o modismo das dietas. É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Destarte, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à fome deve criar políticas públicas que visem conscientizar a população acerca das dietas e seus malefícios, promovendo a conscientização social da população. Tais medidas devem ser tomadas a fim de que o tecido social se desprenda de certos tabus para que não viva a realidade das sombras, como na alegoria da caverna de Platão.