Aristóteles, célebre filósofo grego, é, historicamente, o maior crítico à busca pelo corpo perfeito, por acreditar que isso nos afastaria do que realmente é importante na vida. Hodiernamente, cresce, cada vez mais, o número de pessoas que aderem às dietas populares e modistas, sem o correto aconselhamento, que cabe aos profissionais da área, visando atingir um ideal imposto pela maioria da sociedade, acarretando diversos problemas físicos e mentais. A priori, é importante destacar que, embora seja um conceito criado por grande parcela populacional, o corpo perfeito é algo que, efetivamente, ninguém tem. Aliás, Gisele Bündchen, talvez o maior nome da moda mundial, já testemunhou, várias vezes, que sofreu críticas de várias pessoas, sendo taxada, em casos extremos, de esquelética. Analogamente, pessoas que estão acima do peso sofrem diversos comentários preconceituosos, que se estendem desde o ambiente familiar ao profissional. Assim, entende-se que, na verdade, não há um corpo realmente perfeito. Todavia, a alta difusão desse falso ideal acarreta decisões, na grande maioria das vezes, ruins. A internet, principal forma de comunicação do mundo atual, colabora com esse problema. Não faltam, nas páginas virtuais, publicidades acerca de pílulas e vitaminas que, teoricamente, ajudarão na perca ou ganho de peso. Outrossim, a Web dá a oportunidade de que muitas pessoas compartilhem dietas extremamente perigosas, mas que são altamente copiadas, graças às promessas milagrosas. Logo, crescem os casos de problemas físicos e mentais. Muitas vezes, uma pessoa que recorre a uma dieta da moda e não alcança os resultados pretendidos, pode vir a desenvolver transtornos como a Bulimia e Anorexia. Analogamente, pode acabar optando por ingerir grandes quantidades de alimentos visando o ganho de peso, causando problemas, como o aumento da glicose ou LDL, o famoso mau colesterol. A alimentação, que deveria ser, além de uma necessidade fisiológica, um ato de prazer, passa a ser um verdadeiro pesadelo. Urge ao Estado, como gestor do coletivo, tomar providências a fim de sanar a problemática. O Ministério da Saúde, junto ao Ministério da Comunicação, deve buscar elaborar materiais midiáticos que orientem a população a não aderir às dietas modernas, e sim procurar um acompanhamento profissional com endocrinologistas, nutrólogos e nutricionistas. Ademais, os materiais devem focar também no esclarecimento de que cada pessoa possui um biotipo diferente, buscando esclarecer que não há, efetivamente, um físico perfeito.