A Copa do Mundo de Futebol apresentou tanto aspectos positivos quanto negativos. Se, por um lado, injetou dinheiro na economia através do turismo; por outro, muitos recursos foram mal empregados. Desde o período colonial, a quase duzentos anos, o Brasil foi marcado pela corrupção e nesse evento esportivo não foi diferente. No que se refere ao turismo gerado por esse evento de grande repercussão, pode-se perceber que os recursos trazidos foram ótimos, principalmente para os setores de serviços e comércio. A mídia esteve muito voltada para o país, divulgando suas belezas naturais, culinária, estilo de vida e outros atrativos que fizeram visitantes de várias regiões do mundo virem acompanhar os jogos. Entretanto, as arenas feitas em estados como Rio Grande no Norte, Amazonas, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal não foram bem planejados para a realidade futebolística dessas regiões, já que não possuem clubes capazes de arcar com os custos de manutenção de uma estádio de grande porte. Essas obras ficaram sem utilidade após o evento, acabando abandonados ou tiveram finalidades que não suportam o alto valor para seu uso. A Copa do Mundo de Futebol foi, portanto, um evento mal aproveitado pelo Brasil. O Governo Federal deveria ter analisado melhor a necessidade da construção de alguns estádios em determinadas regiões, assim como as dimensões dessas obras através da criação de uma equipe que estudasse tal viabilidade por meio dos clubes ali presentes e usos futuros da construção, para evitar o desperdício de dinheiro público. Equipes de futebol mais tradicionais de estados próximos devem usar tais obras para manter a utilização delas, assim como deve haver um aproveitamento desses espaços para a realização de shows e eventos de grande porte, mantendo eles ativos e resolvendo esse problema vergonhoso para o país.