A ação, o movimento, sempre foi uma necessidade humana. Em Ate- nas, por exemplo, os guerreiros foram vistos por muito tempo como modelo ideal de ateniense. Entretanto,quando a ideia de esporte é corrompida e são desperdiçadas quantias absurdas de dinheiro público, se faz essencial repensar o esporte em prol de questões como educação e saúde.     Apesar do dinheiro gasto não ser totalmente público,haja vista a participação privada,a maioria é.Dessa maneira, projetos de lei que visam conter salários e investimentos públicos tornam-se irônicos,evidenciando o descaso com relação ao destino dos impos- tos não só dos representantes políticos, mas também da população.     Assim, a cultura do futebol na sociedade, intrinsecamente enrai- zada no Brasil, tem sua parcela de culpa em apoiar eventos como o Mundial. Segundo Durkheim, por exemplo, fatos sociais - gerais, coercitivos e exteriores ao indivíduo - são passados de geração a geração, geralmente estimulando,no caso do futebol, a desmedida obsessão.     De encontro aos investimentos excessivos em estádios, estão os insuficientes na educação e saúde públicas.Desse modo, cabe a população se atentar às reais necessidades do país,estimu- lando, consequentemente, maiores investimentos nessas áreas.A educação, por sua vez, comparada ao feedback positivo biológico se comporta da mesma forma: quanto mais estimulada, mais valo- rizada será pela população.     Entende-se, portanto, que os estádios já construídos podem fomentar a educação.Programas que estimulem, em esfera municipal,a reali- zação de feiras científicas abertas ao público até campeonatos esco- lares de diversos esportes darão utilidade à estádios abandonados e criarão um espaço de eventos que se apoiados por cada indivíduo da sociedade representarão um passo correto para o Brasil.