O Brasil é reconhecido mundialmente como o país do futebol, não só por ter ganhado cinco Copas do Mundo mas também pelo desempenho de seus jogadores em campo, como Garrincha e Ronaldinho, por exemplo. Assim, foi motivo de alegria para os brasileiros sediar a Copa de 2014, pelo patriotismo e turismo mas também de insatisfação pois tirou o foco da instabilidade sociopolítico-econômica que o país tem enfrentado. O turismo foi beneficiado com o evento, assim como muitos empregos foram gerados. As redes de hotelaria e restaurantes lucraram com o alto fluxo de estrangeiros que vieram acompanhar os jogos. Assim como, a construção e reforma de estádios, reestruturação de zonas urbanas, gerou empregos, trazendo acréscimo para a renda familiar. Contudo, houve insatisfação com esses investimentos realizados nas cidades. Toda verba pública utilizada para tais obras poderiam ser direcionadas para setores decadentes da sociedade, como saúde, educação e segurança pública. Por isso, o descaso governamental gerou revolta popular pela falsa imagem criada para os gringos, de uma país acolhedor, porém, que não cuida do próprio povo. Assim, evidencia-se a falta de planejamento governamental para sediar megaeventos. Muitos estádios construídos para recepcionar a Copa encontram-se abandonados, como a Arena Pantanal, em Cuiabá, gerando despesas para o país. O mesmo cenário é observado nas Olimpíadas Rio 2016, já que a Cidade Olímpica também encontra-se abandonada. Dessa forma, a Copa de 2014 foi positiva pelo lucro gerado mas negativa pelo descaso público e falta de planejamento. Portanto, é necessário que as obras que estão abandonadas possam ser abertas para eventos rentáveis, como shows, ou vendidas para iniciativa privada, cortando gastos públicos. Assim como, o governo deve direcionar verbas para que os Ministérios, principalmente, de Saúde e Educação, possam promover recursos eficientes para a população.