Concomitante ao aumento no volume de veículos em circulação nos centros urbanos, há a elevação no número de acidentes de trânsito. O Brasil, segundo dados, ocupa o quarto lugar no ranking mundial de países com grande número de mortes no trânsito. Assim, faz-se necessário destacar a conduta do motorista brasileiro e os fatores que inviabilizam o avanço na educação no trânsito. De forma costumeira as causas apontadas como responsáveis pelo crescente índice de violência no tráfego de veículos são a precariedade das ruas e estradas, a infraestrutura deficiente, a falta de ciclovias e as falhas na sinalização, o que de fato compõem o cenário brasileiro. No entanto, faz-se relevante destacar a negligência ou erro humano por parte dos condutores, que se manifesta ao usar o celular ao volante, ao deixar de sinalizar, ao dirigir acima da velocidade permitida e ao dispensar o cinto de segurança. Além disso, há o fato de que em cidades pequenas em que a fiscalização é deficitária, apresenta motoristas desabilitados, ou seja, despreparados para lidar com o trânsito, e com isso, o número de acidentes e vítimas fatais tende a aumentar constantemente. Nesse contexto, somado ao despreparo da população há o desrespeito às leias e à sinalização. Assim, a Lei Federal que regulamenta o trânsito de veículos e pedestres, instituindo normas de circulação e conduta a fim de se obter segurança, inviabilizando a ocorrência de conflitos que rotineiramente tornam-se comuns no perímetro urbano, é mal utilizada, se não inútil. Outro exemplo relevante é o descumprimento da Lei Seca implantada em 2008, que inicialmente causou um impacto positivo - diminuição no número de acidentes envolvendo pessoas alcoolizadas, entretanto, a não obrigatoriedade de se realizar o teste do bafômetro, acarretou a retomada e o aumento na taxa de mortes. Assim, torna-se nítido o estágio de retrocesso do país em relação educação no trânsito, devido a não colaboração da população - cumprimento das leis, e a deficiência de uma fiscalização eficiente e constante em centros urbanos e cidades interioranas. Portanto, essa condição de atraso do trânsito no país resulta da postura errônea adotada pela população seja pelo motorista ou pelo pedestre - como ao atravessar a rua fora da faixa que lhes é apropriada. Assim faz necessário, que além da mudança comportamental da população que pode ser estimulada por campanhas de circulação nacional, projetadas pelo Estado; que haja uma mudança no modo de ensino das auto escolas, como o aumento no número de horas de aulas práticas, aproximando do país considerado com um dos melhores sistemas de habilitação do mundo, a Austrália, no qual há 120 horas de aulas.