Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O impasse da educação no trânsito no Brasil

Redação enviada em 04/05/2016

Por civilidade, entende-se a observação das formalidades e das boas maneiras em sociedade. Isso não é o que se vê no trânsito, no Brasil. Em nosso país, é a carência de uma educação satisfatória que entra em evidência. Por isso e, considerando que, segundo o relatório da Organização Mundial de Saúde, o trânsito brasileiro está entre os mais violentos do mundo, é preciso analisar as causas e discutir soluções para esse problema. Uma das mais relevantes justificativas para esse quadro é o desrespeito às leis. Isso é provado pelo mesmo relatório, citado anteriormente, o qual diz que o Brasil é, dentre os países mais populosos, o que tem a melhor legislação de trânsito. Tal lacuna entre o que está no papel e a sua prática encontra explicação no conceito de “homem cordial”, de Sérgio Buarque de Holanda, que afirma ser a extensão do comportamento natural do círculo familiar à esfera pública, um empecilho para a vida civilizada. Logo, a seriedade quanto à legislação comprova a falta de civilidade do brasileiro. Outros fatores que fomentam a falta de educação no trânsito são a negligência dos órgãos responsáveis e a impunidade. O primeiro se observa pelas ocorrências de ruas e avenidas mal sinalizadas e pela ineficiente fiscalização do cumprimento das normas. Já o segundo é visto nos casos de pagamento de propina aos agentes de trânsito e na leniência e morosidade da justiça, que, muitas vezes, falha em punir os responsáveis por acidentes. Esses fatores resultam no convencimento de que é fácil driblar as leis e sair ileso. Em resumo, a violência nas ruas brasileiras tem como principal motivo a deficiência na educação. A fim de solucionar esse problema, é preciso que as escolas, junto ao governo, promovam campanhas educativas, para formar cidadãos cientes, desde cedo, dos procedimentos seguros e dos deveres de pedestres e motoristas. Além disso, é fundamental haver maior fiscalização e rigor por parte dos órgãos de trânsito, como por meio da obrigatoriedade de o motorista fazer novas aulas, após determinado número de multas. Ademais, é fundamental cobrar maior eficiência da justiça e garantir o julgamento e a punição dos responsáveis por acidentes.