O trânsito é mais que um espaço físico, é o espaço da cidadania. Onde pobres, ricos, negros, brancos, pessoas portadoras de necessidades especiais, se relacionam, ou seja, dividem o mesmo espaço geográfico, onde todos são iguais perante a lei e têm o direito de ir e vir, desde que com segurança para todos. Ocorre que inúmeras vezes essa relação torna-se conflituosa, devido o rompimento dos limites impostos pela legislação brasileira. O Brasil passa por um cenário preocupante; o crescente número de acidentes causados devido à violência no trânsito. Segundo o Sistema de Informações Hospitalar, foram registradas, em 2013, mais de 169,7 mil internações devido a esse tipo de acidente. O País é, atualmente, o quarto do mundo com maior número de mortes no trânsito. Os fatores que contribuem para o aumento desses números são muitos, dentre eles a infraestrutura deficiente, as falhas na sinalização e os congestionamentos diários. Somado a esses fatores, existe ainda a falta de educação e de comprometimento com as leis de trânsitos, por parte dos condutores, o que agrava ainda mais a situação O combate à violência no trânsito parece algo distante, não temos infraestrutura necessária para o elevado número de veículos que trafegam por nossas vias diariamente. As escolas de condução preparam apenas condutores e não cidadãos que, além da sua própria vida, também serão responsável por outras vidas no trânsito. É corriqueiro nos deparamos com motoristas que usam o aparelho celular enquanto estão ao volante, que dirigem após ingerirem bebidas alcoólicas, dentre tantos outros maus hábitos que aumentam o risco de acidentes. Diante desse contexto, existe uma gritante necessidade da conscientização do condutor, para que ele perceba que carrega consigo, não só a sua vida, mas de outros cidadãos. Além disso, as ação das esferas judiciaria e executiva na fiscalização e punição para aqueles que forem flagrados dirigindo embriagados, usando aparelhos celulares e acima da velocidade permitida na via, são importante, porque terão o intuito de coibir tais comportamentos ao volante. Portanto, a atuação entre população e justiça é um meio viável para que possamos diminuir a violência no trânsito.