Título da redação:

Ações educativas de trânsito conectadas ao modelo de cidade inclusiva

Tema de redação: O impasse da educação no trânsito no Brasil

Redação enviada em 11/07/2016

O trânsito nas vias urbanas e rurais do Brasil está, sobejamente, causando diversas mortes aos condutores, ciclistas e pedestres. Essas mazelas do trânsito caótico advêm, mormente, da falta de educação de trânsito com qualidade. Com efeito, é fundamental propugnar ações educativas diferenciadas em todos os Entes da Federação, precipuamente, nas instituições de ensino, em todos os níveis escolares, conforme prevê o Código de Trânsito Brasileiro – CTB, ou seja, dar aplicabilidade real ao texto consubstanciado na norma de trânsito. Pois, em diversas Unidades da Federação a execução dessa educação, nos níveis escolares, não está sendo aplicada. Assim, é importante frisar que toda essa ingerência, quanto ao tema, necessita de um debate que focalize, sobretudo, nas fiscalizações de trânsito, em campanhas educativas e na valorização de cidades inclusivas. No que tange, às fiscalizações de trânsito executadas pelos órgãos e entidades, que compõem o Sistema Nacional de Trânsito, vale dizer que seus agentes públicos necessitam, imperiosamente, de cursos de reciclagem. Tendo em conta que o modelo de fiscalização, atual, deve ter uma abordagem mais preventiva, do que repressiva. Logo, essa antiga concepção das formas de fiscalizar o trânsito deve derruir o mais rápido possível. Finalmente, após o processo de reciclagem a fiscalização deverá focar em pontos nucleares do trânsito, como por exemplo, no uso dos equipamentos obrigatórios, no respeito às normas de circulação e aos limites de velocidade das vias e na fiscalização do uso de bebidas alcoólicas. Impende ressaltar que a imprudência dos condutores de veículos automotores é a principal causa de acidentes automobilísticos. Portanto, no momento da abordagem, além da punição da respectiva infração deve-se adotar medidas educativas ao infrator. Por outro lado, deve-se enfatizar sob a importância da elaboração de campanhas educativas de trânsito. Todavia, é necessário reavaliar o público alvo dessas ações educativas. Porquanto, há anos o público alvo está adstrito, precipuamente, aos condutores. Assim, é importante observar o que prevê o CTB, quanto à educação de trânsito nas escolas, em todos os níveis de ensino, ou seja, educando os jovens que também participam do trânsito e serão os futuros condutores. É importante frisar que a responsabilidade de educar, estes jovens, vai além dos órgãos executivos de trânsito e compartilha com a escola e a família. Dessa forma, a construção desse conhecimento terá maior efetividade ao longo da vida desses cidadãos. No cerne dessa discussão está, hodiernamente, a questão das cidades inclusivas. Pois, essas cidades têm como objetivo solucionar não apenas as desigualdades econômicas, mas também a igualdade social, política e cultural em todos os segmentos da sociedade. Com efeito, para resolver essa problemática é necessário adotar, mais uma vez, medidas educativas. Contudo, essas medidas, devem partir das autoridades públicas do Poder Executivo, os quais estão incumbidos de realizar melhorias nas cidades. No entanto, não são simples medidas, mas sim medidas inovadoras, as quais já foram empregadas em cidades sustentáveis de países desenvolvidos. Dessa forma, ocorrerá uma melhora significativa na mobilidade urbana das cidades brasileiras. Baseado nesses argumentos, as principais mudanças estão ligadas à construção de ciclovias, ciclo faixas, linhas de metrôs e trens. Deve-se atentar, também, para o aumento da frota de ônibus e a criação de novos modelos de deslocamento gerenciados por aplicativos de celulares. Por conseguinte, é nítido que ações de implementação de uma cidade inclusiva terão como resultado a diminuição dos congestionamentos, pelas diversidades de modais. Por fim, reitera-se que a junção das ações fiscalizadoras, educativas e a criação da cidade inclusiva terá como resultado, precípuo, uma melhor educação no trânsito.