O filósofo prussiano Immanuel Kant afirmara que o Homem é o que a educação faz dele. Os casos de violência no trânsito brasileiro na contemporaneidade é cada vez mais crescente, visto que, inúmeras pessoas insistem em descumprir às leis de trânsito, em consonância com um individualismo evidente, como sentimento norteador de grande parte da população das grandes cidades. Em primeiro lugar, é relevante mencionar que a matriz de transporte adotada desde o governo de Juscelino Kubitschek foi a rodoviária. Desse modo, o investimento maciço no referido modal implicou em tornar o trânsito nas regiões metropolitanas em situação caótica de trafegabilidade. Esse problema, somado a certa tendência dos motoristas em descumprir o Código de Trânsito, contribui no aumento de casos de morte e lesão corporal, evidenciando o ínfimo nível de educação dos condutores em significativa parcela dos acontecimentos. Além disso, outra questão que revela o problema da educação nas rodovias é o sentimento de individualismo. Viver em sociedade implica, muitas vezes, em o cidadão abrir mão de suas vontades em prol do bem comum, contudo, não é isso que percebe-se no cenário atual. Tem-se tornado banal cenas, por exemplo, de motoristas em ultrapassagens proibidas, no intuito de se chegar ao destino final com rapidez, mesmo que coloque a vida de outras famílias em risco. Portanto, a educação no trânsito é imprescindível para uma vida social harmônica. Para se amenizar os eventos absurdos que ocorrem diariamente, se faz necessário o Poder Legislativo tornar o Código Penal mais eficiente, por exemplo, tornando a punição mais rigorosa para quem comete homicídio e lesão corporal, como forma de atenuar diretamente esses tipos de ocorrências nas estradas. Concomitantemente, os Departamentos de Trânsito Estaduais, em parceria com as Universidades Federais, elaborariam campanhas de orientações de como se comportar no trânsito, tanto nas vias urbanas quanto nas longas "BRs" nacionais.