Durante o período colonial no Brasil, o Congado ou Festa do Rei Congo, foi um movimento que surgiu a partir de um processo de ressignificação cultural entre católicos e africanos. Com isso, surge a integração cultural africana na sociedade brasileira, no entanto, a cultura afrodescendente ainda enfrenta uma série de adversidades, seja pelo racismo enraizado na sociedade, seja pelo preconceito com a cultura africana. É indubitável que a cultura africana está intrinsecamente ligada com a história do Brasil. Nesse sentido, observa-se que durante o período colonial, algumas práticas adotadas pelos negros representavam a luta contra a escravidão e resistência da cultura africana. Dessa forma, a herança da cultura africana está representada através da capoeira, samba, culinária e festividades como congado e jongos. Ademais, observa-se as conquistas da cultura afrodescendente, como por exemplo, a data para a comemoração do Dia da Consciência Negra, que tem a sua importância para revelar ao sistema toda a luta do povo negro para garantir seu espaço na sociedade. Outrossim, destaca-se os desafios enfrentados pela cultura africana. Nesse sentido, evidencia-se as ações de reconhecimento e valorização das histórias de raízes africanas no Brasil, no entanto, o tema ainda é pouco tratado nas salas de aula, visto que, falta de capacitação dos professores e até mesmo a ausência de elementos de origem afrodescendentes nos livros didáticos, ocasiona uma série de dificuldades ao se aplicar o assunto durante as aulas. Além disso, o preconceito com as religiões afrodescendentes está intrinsecamente ligado ao racismo, segundo a Ouvidoria dos Direitos Humanos, 33,65% das denúncias de intolerância religiosa foram realizadas por negros. Desse modo, as religiões de matriz africana -Candomblé e Umbanda- são as principais vítimas de ataques, visto que, historicamente houve um grande esforço por parte do Estado de combater aspectos da cultura africana e afro-brasileira. Entende-se, portanto, que a cultura afro-brasileira apesar das conquistas nos últimos anos, ainda enfrenta alguns impasses. A fim de atenuar o problema, Ministério da Educação deve oferecer cursos de formação presencial e à distância de professores sobre o tema, além de enviar materiais didáticos e cartilhas que reforcem a importância da cultura africana na história do nosso país. Além disso, o Governo Federal -Ministério da Cultura- deve elaborar um plano para construção e valorização de museus, com intuito de oferecer conhecimento sobre a cultura africana aos visitantes. Dessa forma, a sociedade brasileira disseminará a importância e a valorização e do conhecimento da cultura africana.