Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O ensino da história e cultura africana no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 05/07/2016

A inclusão do ensino de história e cultura africana nas escolas brasileiras é uma conquista de um povo historicamente excluído socialmente pelo passado sombrio da escravidão. Todavia, mesmo sendo um passo para a construção identitária, é preciso difundir na sociedade como um todo a importância da contribuição da cultura afro para a formação do país, rompendo preconceitos. O Brasil, segundo o censo de 2012, possui 87 milhões de afrodescendentes (mais de 50% da população), sendo a segunda maior população negra fora da África. Em um país tão rico e diversificado como o Brasil, é de suma importância analisar as contribuições de todas as matrizes culturais para a formação do povo brasileiro. Há influências significativas da cultura europeia, como também da indígena e negra. Nesse sentido, uma lei sancionada em 2003 – apenas 115 anos após a Lei Áurea-, inclui no currículo oficial o estudo da história e cultura afro-brasileira como obrigatório na rede de ensino pública e particular. A inclusão tem como objetivos o conhecimento da cultura afro, como também a importância do povo negro para a formação da identidade nacional, valorizando merecidamente sua história de luta e resistência, e promovendo maior representatividade ao povo negro também nas escolas. Dessa forma, promover o ensino da história e cultura africana é contribuir diretamente para a construção da identidade de um povo historicamente subjugado, marcado pelo sincretismo cultural e religioso, na tentativa de preservação da cultura. Não incluir o estudo da cultura africana nos currículos escolares é ratificar e manter problemas sociais existentes desde o início da história do país: o racismo e o etnocentrismo europeu. O grande desafio, portanto, é romper preconceitos e estigmas sociais, para que a sociedade no geral possa conhecer a riqueza existente na cultura afro. Para isso, o Estado deve agir não só promovendo o ensino da história africana nas escolas, como também subsidiar projetos de valorização da cultura negra, como o Levante Negro. As ONG’s devem auxiliar no resgate e manutenção da cultura afro, com projetos de danças, artesanato, literatura e estudo das línguas nativas. A valorização da cultura é um passo significativo para a inclusão social.