Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O ensino da história e cultura africana no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 03/07/2016

Violência. Intolerância. Preconceito. É em meio a essa realidade que vive (sobrevive?) o afrodescendente brasileiro, o qual, embora represente 54% da população nacional segundo o IBGE, ainda sofre com a exclusão. Porém, esse não é um problema novo no país, haja vista que permeia desde o período colonial, fomentando os ideais de inferioridade negra, ao passo que essas pessoas eram tratadas como mercadoria e, além disso, pouco tem-se feito, sobretudo nas escolas, para mudar esse cenário. Sendo assim, cabe avaliar as causas e as consequências desse problema, procurando meios de resolvê-lo. É preciso considerar, antes de tudo, o histórico segregacionista que impera no país. Nesse sentido, é relevante pontuar que o Brasil foi a última nação Americana a abolir a escravidão, além de considerar o racismo um crime inafiançável apenas um século depois, por meio da Constituição Cidadã de 1988. Diante disso, criaram-se estereótipos de inferioridade que nunca deixaram de existir e começam a ser propagados desde a infância, servindo de impulso para o bullying e a violência. Outrossim, esse ideal discriminante também pode ser notado nas disparidades salariais entre brancos e negros, embora ambos tenham a mesma formação acadêmica. Somando-se a isso, é imprescindível pontuar a falta de conhecimento por parte de muitos cidadãos. Nessa perspectiva, nota-se nos colégios uma parcialidade nas aulas de História do Brasil, pois o negro é visto apenas como um ex-escravo e é desconsiderada sua importância sociocultural para o país. Sendo assim, a intolerância, sobretudo religiosa e racial, é fomentada, fortalecendo preconceitos que surgem pela escassez de informação, o quais podem ser evidenciados no caso da menina de onze anos apedrejada ao sair do candomblé no Rio de Janeiro. Fica evidente, portanto, que medidas são necessárias para resolver o impasse. Logo, é preciso que o Ministério da Educação disponibilize materiais educativos sobre a cultura africana nas escolas, além de fornecer cursos obrigatórios para professores de humanas e pedagogos formados e incluir aulas na grade curricular dos que ainda estão graduando sobre procedimentos para a educação acerca desse assunto. Acrescenta-se a isso o papel fundamental do Governo Federal em aplicar a lei já existente de obrigatoriedade do ensino sobre os povos da África, incluindo-o no currículo básico escolar nas matérias de História, Arte e Sociologia, além de exigir o acompanhamento e fiscalização pelos inspetores e coordenadores da educação.