Sem dúvida, a obrigatoriedade do ensino afro-brasileiro em escolas é um grande avanço, pois, valoriza uma das raízes culturais mais presentas no país do futebol. Porém, tal avanço ainda esbarra em barreiras como o preconceito, e a falta de conhecimento até mesmo dos professores a cerca do assunto. Em primeiro lugar, é importante evidenciar o quanto os preconceitos ainda existem na sociedade tupiniquim. O que é paradoxal, visto que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística "IBGE", mais de 50% da população se considera negra ou parda. Indubitavelmente, os atos violentos contra afrodescendentes não são mais que uma herança nefasta da educação escravista. indo ao encontro da frase dita por Kant; "o homem não é nada além daquilo que a educação faz dele." Vale ressaltar também, que essa ideologia retrograda só não fui superada, pela falta de preparo, tanto do sistema de ensino médio quanto do superior. Afinal, para o ensino de culturas europeias ou latinas é comum que universidades contratem nativos do país ou no mínimo brasileiros que viveram lá, por anos. Tal comportamento, não ocorre com a cultura africana, em que no máximo é conhecida por livros que nem foram escritos por nativos. Dessa forma, as carências na formação de professores é repassada à alunos. Portanto, apesar de sancionada a lei que obriga o ensino da cultura afro-brasileira, há ainda um longo caminho para implanta-la. E para que isso ocorra, é fundamental que seja investido em programas de intercâmbio entre professores brasileiros e africanos de forma a promover o maior conhecimento estre culturas. Assim, será possível superar os obstáculos impostos pelo preconceito, assim como diz a frase de autor desconhecido; " só é possível odiar o que não conhece".