Brás Cubas, personagem de Machado de Assis, disse em suas “Memórias Póstumas” que não teve filhos e não transmitiu a criatura alguma o legado de nossa miséria. Ele teria acertado sua decisão se vivesse na atual sociedade brasileira, pois apesar dos avanços em relação a abordagem da história africana nas salas de aula, ainda existem dificuldades na abrangência desse tema em nossa sociedade. Em primeiro lugar, é preciso apontar que obras infantis auxiliam no aceitamento da cultura africana. A obra “A Turma da Mônica” do autor brasileiro Maurício de Sousa, é composta por personagens de diversas etnias e culturas. Desse modo, ao terem contato com essas obras as crianças se familiarizam com a história, e portanto, passam a aprender sobre essas culturas, como também, a não agirem de maneira preconceituosa. Ademais, danças como a capoeira mostram a importância da cultura africana na história do Brasil. Essa dança foi originada por escravos africanos durante o período colonial brasileiro, portanto, as pessoas deveriam valorizar o legado trazido por esses africanos, já que a cultura africana faz parte de suas histórias. Portanto, pode-se dizer que existem obstáculos em relação ao conteúdo oferecido nas escolas sobre a história e cultura africana, o que evidencia a necessidade de mudança. Para tal, as escolas devem incentivar os alunos a lerem obras como “A Turma da Mônica”, para que assim se diminua as práticas racistas. Já o governo deve promover projetos de danças que envolvam a capoeira, para que as pessoas vejam a importância da cultura africana em nossa sociedade. Sendo assim, em curto prazo a população valorizará a cultura africana, e assim portanto, deixaremos um legado de que Brás Cubas se orgulharia.