Historicamente, o Brasil protagonizou a maior imigração forçada de pessoas no séc. XIX com a escravidão africana. Esse acontecimento, hoje, reflete um país com grandes percentuais de miscigenação étnica. Culturalmente, os povos negros foram tidos como raças pouco desenvolvidas em discernimento- apesar de nomes afrodescendentes serem expoentes na intelectualidade, como o escritor Cruz e Souza. A partir de uma sociedade com múltiplas culturas, é eloquente o estudo da origem de suas etnias, o que, por ora, é negligenciado em muitas instituições de ensino. Segundo o sociólogo brasileiro Gilberto Freyre, no Brasil, é existente uma democracia racial, a qual é estabelecida por direitos iguais a ambas culturas. Todavia, pesquisas mostram que cerca de 50,7% da população brasileira é formada por negros e pardos, paralelamente a isso, apenas 17% dos estudantes universitários são negros, É explícito que existe, de fato, uma desigualdade pertinente e uma exclusão étnica, o que formam as bases para o preconceito a um aprendizado sobre as histórias desses povos. Por conseguinte, o desafio de superar os entrepostos para o conhecimento dos seus costumes é negligenciado em atitudes pouco democráticas, principalmente, pelas escolas e pela família, contrariando a visão do sociólogo. Por outro lado, a crescente transparência sobre os assuntos, antes menosprezados pela sociedade, permite avanços em caminho ao esclarecimento das suas histórias e costumes. Promulgada a lei que define a obrigatoriedade do ensino africano nas escolas, na última década, e a criação de feriados, como o Dia da Consciência Negra, ajudam a tornar público sua influência para a construção da nação brasileira. Dessa forma, o afrodescendente luta por igualdade e o direito de conhecer suas raízes. Em vista disso, é essencial a medida de construir uma democracia racial, pela escola e pela família, miscigenando as salas de aula e promovendo trabalhos escolares sobre as culturas do povo africano. Ademais, cabe ao governo e à mídia, a criação de dias comemorativos, e a divulgação de seus significados, sobre costumes e crenças africanas para que haja compreensão por parte da sociedade e a visão de Gilberto Freyre se concretize.