De acordo com a "Alegoria da Caverna", de Platão, a ignorância do homem consiste, metaforicamente, em correntes que o impede de alcançar a luz. De modo análogo, o conhecimento da história e cultura africana no Brasil não foi tido como obrigatório nas grades curriculares por muitos anos devido, principalmente, a corrente do racismo que motivou a falta de interesse sobre o assunto. Dessa forma, há no Brasil, atualmente, um grande número de pessoas presas a ignorância do senso comum a cerca da antropologia africana. É importante ressaltar o caráter democrático do país. A democracia se sustenta em quatro pilares, sendo dois deles: equidade e igualdade. A equidade, por sua vez, baseada no pensamento de Aristóteles de "tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais na medida da sua desigualdade", tem por objetivo dar a cada um o que é devido para garantir a igualdade. Logo, a lei que torna o ensino da história da áfrica obrigatório reforça os ideais democráticos do país, além de ser uma grande conquista que contribui na autoafirmação dos negros. Convém apontar os desafios que são enfrentados parar colocar em prática essa lei. Uma vez que por muitos anos esses assuntos não foram abordados como deveriam nas escolas, agravou-se a situação minoritária dos afrodescendentes. Consequentemente, formou-se uma sociedade corrompida por convicções racistas e preconceituosas que necessitam, urgentemente, serem sanadas. Fica claro, portanto, que a conquista do ensino da história e cultura africana é essencial para a autoafirmação dos negros e tem como desafio levar os brasileiros à claridade do conhecimento verdadeiro das ideias. Dessa modo, o Ministério da Educação deve propor o aumento das cargas horárias das matérias de Filosofia e Sociologia que são essenciais para a formação moral e intelectual do indivíduo. Assim, se segundo Platão, o conhecimento é responsável pela libertação e iluminação da alma rumo a verdade, educar o jovens é sinônimo de fomentar a criação de uma sociedade racional e desenvolvida.