A cultura Africana é marcante em nossa sociedade atualmente e deve ser sustentada pelos brasileiros como fator determinante para o tipo de colonização, o qual fomos submetidos. Tal fato, lembrado pelas pessoas, proporcionará um país mais justo e com menos desigualdades entre descendentes desse povo. Sendo assim, é necessária a participação de todos em busca de colocarmos como prioridade esse tópico no processo pedagógico das escolas do Brasil. É fato que o Brasil só tem essa alegria e diversidade cultural, pela miscigenação entre os povos que participaram da construção de nosso país. Entretanto, infelizmente, nem sempre foi tão belo esse envolvimento em nossa sociedade. Com o surgimento da necessidade de mais trabalhadores e força braçal no período de “descobrimento” das terras tupis, almas africanas são compradas, com o intuito de enriquecer determinados grupos. Nessa conjuntura, conforme ratifica o historiador Bóris Fausto, por muitos anos tal fato foi proibido de ser tratado na sociedade como barbárie, pois o negro era simplesmente um agente estimulador à exploração de terras, especiarias e metais preciosos, em prol do bem estar de uma “raça” superior- o europeu. Atualmente, grande parte dessa selvageria está contida em livros de história, a qual pode ser lida e avaliada por qualquer cidadão do país. Nessa perspectiva, muitas foram as conquistas relacionadas à possibilidade de mostrarmos o horror cometido contra um povo tão importante à memória de nossa nação. Todavia, muito há oque se fazer. Tal fato pode ser observado em informações errôneas contidas em livros nas escolas, podendo causar prejuízos a todos. Segundo o Ministério da Educação-MEC, grande parte da justificativa da intolerância de determinados grupos ao compararem um macaco a um indivíduo de cor negra é a metodologia atrasada de ensino e a falta de atualização de livros que traduzem a colonização no Brasil. Neles, normalmente, estão contidos desenhos que retratam esse cidadão com traços que lembram o fenótipo desse animal. Dessa forma, novas diretrizes estão sendo implantadas, tal como a liberação de obras recicladas com atualidades sobre o assunto, além de figuras que estão sendo moldadas para que não proporcione algo que deve ser banido de nossa sociedade: preconceito. Fica evidente, portanto, que devemos lutar para que nada da cultura africana se perca na trajetória de nossa evolução. Ao poder público cabe instituir normas rígidas, com punições aos infratores, as quais devem proibir a destruição de lugares habitados pelos africanos, tal como os quilombos e fiscalizar qualquer tipo de ilegalidade referente a esse assunto e as pessoas envolvidas. As escolas tem papel significativo nessa temática, logo, deve haver, urgentemente, a introdução sobre a cultura Africana nas escolas. Nessa perspectiva, projetos devem sair do papel e fazer parte do currículo escolar. Além disso, no âmbito educacional, deve haver um estímulo sobre o debate desse conteúdo, por todos os jovens, os quais, futuramente, formarão uma opinião concreta sobre a relevância dessa cultura como parte da construção da nossa história.