Feijoada. Capoeira. Samba.etc. Do Norte ao Sul do Brasil é notória a contribuição africana na consagração da cultura Brasileira. Entretanto, não são raras as vezes em que apenas a presença do europeu é exaltada ao longo história, sendo assim, o próprio Sistema Educacional contribui para reforçar o eurocentrismo e o racismo na sociedade brasiliense. Segundo o IBGE, mais da metade (54%) da população brasileira é afrodescendente, logo, ao contrário do que se imagina, foi o negro da guiné- e não o europeu- quem teve o papel principal na formação da identidade do povo brasileiro. Com a criação da Lei 10639/2003, que prevê a obrigatoriedade do ensino da História e Cultura AfroBrasileira nas escolas de ensino fundamental e médio, é esperado que se tenha uma maior valorização a respeito dessa contribuição para o país. Contudo, os próprios historiadores responsáveis pela elaboração dos livros didáticos que serão distribuídos nas escolas, destinam poucas (ou nenhuma) páginas para o estudo dos povos africanos. Sendo assim, é comum que os alunos saibam tudo a respeito da Guerra dos Cem Anos, mas que nunca tenham ouvido falar a respeito do Genocídio em Ruanda. Da mesma forma, os próprios professores não se pronunciam à respeito do afrodescendência de Lima Barreto, Aleijadinho ou mesmo Machado de Assis. Assim sendo, fica evidente que é necessário melhor elaboração dos conteúdos didáticos que serão trabalhados nas escolas para que estejam de acordo com a Lei 10639/2003. A Base Nacional Comum também pode incluir em seu currículo matérias voltadas para a valorização dos povos africanos e sua história. Ademais, os próprios professores podem fazer com que seus alunos se envolvam com a cultura desses povos, por exemplo, promovendo teatros que encenem histórias da Mitologia Africana. Assim, os alunos poderão conhecer a grandiosidade cultural e histórica desses povos diminuindo o preconceito e o racismo ainda persistente no Brasil.