Será preciso recriar a semana de vinte e dois, movimento modernista no início do século XX, para resgatar o olhar crítico referente à identidade cultural do brasileiro. Isso em virtude da negligência da história e cultura africana vivenciada no Brasil. A origem deste problema se deve pela falta de informação, que em parte cabe à escola, a qual, apesar da aprovação da lei que torna obrigatório o ensino sobre história e cultura AfroBrasileira, passará por grandes desafios. A obrigatoriedade de implantar as questões e raízes africanas nas grades curriculares é um grande passo, mas não o bastante. Além disso, será preciso quebrar as algemas deixadas pelas raízes colonizadoras, a dos portugueses, para não dizer a dos europeus. A verdade é que, o Brasil sofreu um genocídio cultural, tanto das raízes indígenas, quanto dos africanos. Isso é refletido na própria sala de aula, uma vez que, o brasileiro sabe da revolução russa, da guerra dos cem anos e até mesmo da vida de Ana Bolena, porém não reconhece a sua história. Os professores das ciências humanas terão grandes desafios pela frente. Se por um lado terão que buscar capacitação e um olhar crítico sobre o tema, pois, não foram formados com essa visão de mundo, por outro, terão que buscar ferramentas para introduzir e ampliar isso em uma sociedade com raízes históricas europeias. Dessa forma, a sociedade brasileira precisa apoiar e estar preparada para essa mudança, a qual, através da educação, irá fomentar a busca pelo entendimento de que essa nação possui grandes raízes africanas. Dessa maneira, o resgate ao ensino da história e da cultura africana no Brasil é importante para a construção da identidade do brasileiro. Para essa conquista, entretanto, será necessário vivenciar grandes desafios. Assim, cabe ao Estado acompanhar esse processo de ensino, bem como ampliar e explorar cada vez mais o tema. À mídia, cabe através de novelas, minisséries e outdoors ser repetitiva e maciça no resgate às origens da história do povo brasileiro. Ao indivíduo, cabe estudar através de livros e internet, com o objetivo de resgatar o olhar crítico e buscar e compreender a sua verdadeira identidade.