Quando se pensa em continente africano, é comum que as pessoas o associe à pobreza, doenças e grandes territórios desérticos. Mas por que isso acontece? Durante muitos anos, o continente africano foi o berço de grandes potências mundiais. O Egito é um grande exemplo disso, pois a complexidade da religião, cultura e arquitetura fascinam até mesmo estudiosos da contemporaneidade. No entanto, desde a decadência do império egípcio, o continente africano é subjugado por todo o mundo e até mesmo países que se dizem democráticos, como o Brasil, desprezam toda a riqueza cultural africana e os impactos desta na vida do homem moderno. Até pouco tempo atrás, afrodescendentes tinham vergonha de suas características. Era comum, por exemplo, mulheres negras aplicarem produtos químicos em seus cabelos a fim de alisá-los. Tudo isso devido à ditadura de beleza no padrão eurocêntrico vigente na época. Dessa forma, o cabelo crespo era considerado feio e quem usava penteados como o “Black Power” era alvo de racismo. Embora muito desses preconceitos tenham sido superados, ainda há muito para ser feito e, nesse sentido, é fundamental que as escolas abordem esses assuntos para garantir a consciência e a tolerância dos futuros cidadãos. Ademais, apesar de leis que obriguem a inserção da cultura africana nos currículos educacionais tenham sido aprovadas, elas não suficientes. Outros meios sociais também devem aderir à causa. Entretanto, é no mínimo estranho que meios midiáticos como a Rede Globo nunca tenham abordado novelas que tratem de fato sobre a cultura africana. Já foram abordadas novelas sobre os indianos, turcos, chineses, mas nunca uma genuinamente africana. Ao invés disso, os negros são retratados como submissos aos brancos em funções estereotipadas. Diante disso, medidas devem ser tomadas para resolver os impasses motivados pelo preconceito. Como dito anteriormente, a principal forma de combate é através da educação. Obras literárias, estudos sobre a religiosidade e arquitetura, por exemplo, devem ser apresentados aos alunos. Junto a isso, deve-se, também, haver a abordagem no âmbito televisivo por meio de ficções engajadas, sobretudo valorizando fenótipos e características africanas. Assim, o preconceito será amenizado gradativamente e haverá plena harmonia entre as diversas culturas que compõem a sociedade brasileira.