Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O ensino da história e cultura africana no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 26/09/2017

No século XVI, iniciou-se no Brasil a chegada das caravanas de escravos vindos da África e, com eles, seus costumes e cultura. Entretanto, durante muito tempo, os aspectos sócio-históricos africanos têm sido negligenciados no currículo escolar brasileiro. Apesar dos avanços positivos que visam sua ingressão nos ensinamentos, ainda há muito o que progredir. A propagação do lamentável pensamento de inferioridade desses costumes deve-se, principalmente, à falta de reconhecimento deles como essenciais à formação do povo brasileiro. Além disso, há a banalização do diferente: o Brasil, apesar de Estado Laico, aceita feriados do cristianismo no seu calendário nacional e rejeita festividades de religiões africanas como o candomblé e a umbanda. Visando findar essa mentalidade, foi criada em 2003 a lei que torna obrigatório o ensino da cultura e história afro-brasileiras; entretanto, falta fiscalização para assegurar o cumprimento da mesma. Alguns movimentos abordam consequências dessa questão. No naturalismo, o livro "O mulato", de Aluísio de Azevedo; " Bom-Criolo", de Adolfo Caminha; e o excelente livro "Casa Grande e Senzala" do sociólogo Gilberto Freire, abordam questões sociais, dentre as quais está o racismo. Esse mal histórico requer medidas e debates, porém os assuntos mais abordados nos ensinos fundamental e médio são de origem europeia: a Revolução Francesa, por exemplo, tem maior relevância nas discussões escolares se comparada aos marcos históricos africanos, como o Apartheid. Diante disso, cria-se uma sociedade alheia ao entendimento da pluralidade dessa cultura, o que remete a episódios deploráveis de preconceito racial. Por conseguinte, fica evidente a importância de esclarecer a população brasileira do grande significado dessa cultura para sua formação. Para isso, compete ao Ministério da Cultura, em parceria com a mídia e as redes sociais, a destinação de recursos financeiros para o desenvolvimento de séries, filmes, novelas e documentários que incentivem ao pensamento reflexivo e conscientizem a sociedade diante dessa problemática. Somado a isso, prefeituras, ONG's e a escola devem promover a criação de espaços públicos que a explanem, como museus, exposições de arte e cinemas, que auxilia na familiarização e no acesso aos costumes africanos. Ademais, a fiscalização governamental, através de visitas periódicas e questionários com alunos e professores, assegura a efetivação das leis já definidas.