1888: assinatura da carta de alforria dos escravos pela princesa Isabel. Esse documento representava, acima tudo, liberdade e igualdade. Porém, somente representava, pois passaram-se 129 anos e ainda prevalece a visão eurocêntrica, sobretudo no ensino. Assim, é necessário ensinar a cultura e história africana para a construção de uma identidade nacional e diminuição do racismo no Brasil. É sabido que a história européia se encontra em todos os currículos escolares, porém, para o brasileiro esse ensinamento é somente informação, pois não há ligação com seu dia a dia, muito menos o reconhecimento. Fica claro de perceber que, com a introdução do ensino sobre a África a situação será antônima, uma vez que a intensa imigração (forçada) africana participou ativamente na formação do Brasil. Assim, saber mais sobre a cultura e costumes ajudará na construção e solidificação de uma identidade nacional, haja visto que mais de 50% da população brasileira é negra. Todavia, mesmo com essa multidão, o racismo ainda é muito presente no Brasil. E isso prova que, mesmo sendo obrigatório o ensino Afro Brasileiro - pela lei sancionada em 1996 pelo presidente Lula - ainda prevalece a visão da "superioridade do homem branco", uma típica visão européia. Portanto, um dos desafios para esse ensino é o preconceito enraizado, tanto com os negros quanto com a matriz africana em geral. Logo, ensinar que, por exemplo, a alimentação, os hábitos e o modo de agir dos brasileiros provém dessa cultura, ajudará a diminuir o distanciamento e por consequência, o racismo. É perceptível, portanto que o ensino sobre a história africana ajudará na construção da identidade nacional como com a diminuição do racismo. Para isso, as escolas podem fazer excursões à senzalas, para um aprendizado mais realista, mostrando a história, costumes e o legado. Já o governo, junto com a mídia, podem alcançar os adultos introduzindo em telenovelas o quanto da cultura africana se faz presente em nossas vidas.