Durante todo o período colonial brasileiro, o interesse dos habitantes do Brasil na África foi a abundante mão de obra escrava. Somente a partir do século XX, manifestações, rituais e costumes africanos começaram a ser aceitos e celebrados no território Tupiniquim. Todavia, os avanços ocorridos desde o século passado não foram suficientes para eliminar a ignorância e o racismo do cotidiano nacional. O governo brasileiro, ao promulgar a lei segundo a qual é obrigatório o ensino da "História e da cultura afro-brasileira" nas escolas, proporcionou uma grande vitória aos que lutam para eliminar as desigualdades raciais presentes nessa nação. Segundo André Lázaro, que esteve à frente da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão do Ministério da Educação, "É assumindo os valores positivos e criativos dessas culturas que a escola pode contribuir para a superação do racismo e da discriminação, os quais ainda estruturam intensamente a desigualdade brasileira". Entretanto, outros meios construtores e legitimadores de culturas - como a televisão, os jornais e revistas impressas - insistem em não conceder espaços significativos e não estereotipados aos representantes de uma nação tão culturalmente rica como a africana. As novelas brasileiras, por exemplo, costumam representar negros de maneira caricata, como pobres cômicos, sem grande relevância para as histórias; além de propor o protagonismo aos brancos em enredos sobre culturas africanas - como na novela O Clone. Portanto, a nova geração, mais informada do que as anteriores, precisa exigir dos governantes- por meio de e-mails - fiscalização constante nas escolas a fim de certificar-se do cumprimento da lei já estabelecida. Além disso, os cidadãos com conhecimento sobre o povo afro-brasileiro podem usar as redes sociais para propagar tal conhecimento, assim como faz Luh Souza com a sua página online: "História Preta Fatos e Fotos".