Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O ensino da história e cultura africana no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 22/09/2016

"No meio do caminho tinha uma pedra. Tinha uma pedra no meio do caminho". De acordo com os versos de Carlos Drummond de Andrade a inserção do ensino de história de povos africanos na grade curricular brasileira configura-se como uma "pedra" para a sociedade, visto os grandes entraves enfrentados para esse acréscimo. Dessa forma, são necessárias medidas que objetivem a incorporação desta rica história e cultura que estão enraizadas no Brasil desde o período Colonial. Em um contexto de produção de açúcar em larga escala no Nordeste Brasileiro, grande mão de obra africana foi importada ao país para desempenhar trabalho escravo, essa chegada trouxe consigo diversos dialetos, culinárias e danças que foram incorporados à cultura brasileira. Logo, é visível a extensa contribuição dos diversos povos africanos na construção do patrimônio cultural. A pouca inclusão da história africana em currículos escolares se deve ao ideário de eurocentrismo, perpetuado no mundo desde as grandes navegações, o termo refere-se a ideia da população europeia no centro do mundo e as outras sociedades subjugadas a ela. Isso não se reflete apenas no campo econômico, mas também no social e na educação, visto a extensa quantidade de conteúdos voltados para a história europeia nos livros didáticos. Assim, é perceptível a origem dos desafios enfrentados, para a introdução de outros conteúdos no ensino historiográfico. É válido considerar a importância de educação na formação do caráter dos indivíduos. A escola é a segunda instituição social a qual as crianças tem acesso, sendo a sua responsabilidade educar e orientar, através do ensino de outras culturas e suas contribuições, principalmente a africana, minimizando assim o ideário de racismo e preconceito contra os negros. Nesse sentido, torna-se evidente a ação de ONGs, Estado e escolas com a implementação do projetos voltados para a dissolução do problema. É imprescindível a fiscalização nos centros educacionais por Agências reguladoras do Estado, para verificar se há adoção na grade escolar de matérias voltadas para a cultura da África, assim como, a ação conjunta de ONGs e escolas desenvolvendo projetos que objetivem o respeito à cultura de outros povos. Assim, o problema em questão não será uma "pedra no meio do caminho" da sociedade.