Não é de hoje que o Brasil está intimamente ligado à África. Até a era paleozoica, o continente africano estava fisicamente ligado ao Brasil, sendo dividido pela pangeia na era seguinte. Essa relação não acabou aí, pois, hoje, 50,7% da população brasileira é negra ou parda, devido ao grande tráfico negreiro da África na época colonial que, com a Lei Áurea, em 1888, deu fim à escravidão, fazendo do ex-escravo um integrante legalmente da sociedade. Contudo, o sentimento de participação social não foi imediato, pois, até hoje há o preconceito contra os negros. Com o reconhecimento da identidade sociocultural que nos formou, as pessoas parariam de segregar cidadãos de origem africana, havendo a conscientização que todos os brasileiros são fruto da mesma mistura de raças e culturas. No entanto, para que isso ocorra, é de suma importância a extinção do etnocentrismo europeu, que não domina apenas a mídia, mas, também a nossa educação. Assim como Immanuel Kant afirmou que o ser humano é aquilo que a educação faz dele, é inegável a importância do ensino da cultura africana. Por conseguinte, faz-se necessário mudanças, por parte do MEC (Ministério da Educação), no currículo escolar, desde o fundamental ao ensino médio, abordando com mais frequência a formação cultural e racial brasileira. E, também, a implementação de praças e outros locais públicos, como os pontos de ônibus, com implementos decorativos culturais, deixando a população mais próxima de suas origens. Além de palestras de ONG's nas escolas e faculdades.