A cultura africana desde de seu primeiro contato com o Brasil, quando ainda vigorava a escravidão, foi marginalizada. Junto dela, também seus integrantes; negros e pardos que constituem 50,7% da população segundo o censo 2012. Alguns avanços foram alcançados, porém há um longo caminho até, de fato, todos os malefícios causados no passado seja extirpados. Entre as melhorias estão a obrigatoriedade do ensino da cultura Afro-brasileira e a lei de cotas. Está última tem como objetivo reparar as desigualdades entre negros e brancos no âmbito educacional. Enquanto a inclusão do ensino da cultura africana no currículo escolar permite o combate a visão etnocêntrica e limita o campo de atuação do racismo. Apesar de tais conquistas, grandes problemas ainda estão presentes na sociedade brasileira. Entre eles a violência a que são submetidos jovens negros, pois, segundo o Ipea, a possibilidade destes serem vítimas de homicídio e 3,7 vezes maior que para um indivíduo branco. Isso é resultado tanto do racismo enraizado como da marginalização das populações negras. Tal marginalização não apenas resultou no aparecimento de favelas, mas também na privação de direitos sociais como saúde, educação e segurança, em especial aos afrodescendentes visto que estes, segundo o Ipea, representam 70% da população nas favelas. Para que no futuro a equidade esteja presente a todas as etnias no Brasil é necessário, portanto, continuidade e aumento de ações afirmativas como extensão da lei de cotas as universidades estaduais e também é fundamental investimento do governo federal para estruturar as cidades e favelas, garantindo a todos os direitos sociais.