De fato, a sociedade brasileira é formada pela miscigenação entre os negros africanos, brancos europeus e os nativos. A partir do primeiro império, o Brasil recebeu a imigração de vasta população africana, essa sobre submissão dos europeus. Mesmo sendo inferiorizados, marginalizados e vistos como mercadorias os africanos não perderam a própria essência cultural que foi constituindo o dia a dia do Brasil. Da feijoada à religiosidade, os hábitos desses povos persistem até hoje, porém a falta de conhecimento e reconhecimento de suas culturas e história influenciando a constituição da identidade nacional é um dos maiores problemas da sociedade ao buscar uma maior igualdade racial. Primeiramente, é importante destacar que a globalização instalada no século XXI requer a ampliação do saber humano em diversas áreas de atuação, as dificuldades para o desenvolvimento do ensino da história e cultura africana no território brasileiro é um inibidor dessa consequência. O saber da totalidade histórica da humanidade é ultrapassar pensamentos etnocêntrico e ver o potencial de cada cultura de maneira plural. A educação brasileira passa a restringir o próprio conhecimento ao não remediar com persistência o preconceito ao apresentar a importância do povo africano ao brasileiro. Além disso, a negação do passado histórico do Brasil ultrapassa barreiras escolar, chegando ao âmbito familiar e social. Um dos principais causadores dessa situação foi a existência do período escravocrata, a questão encontra-se no ambiente conservador e com ausência de coragem para discutir os pontos desumanos da formação do país. É dessa forma que ocorre a distorção do surgimento da população brasileira. Convém ainda lembrar que com a lei criada em 2003 acerca do ensino obrigatório de história e cultura afrobrasileira mudanças ocorreram. Livros didáticos e professores se especializando são de extrema relevância ao processo de transformação educacional. No entanto, uma educação politizada sobre o tema o torna superficial, tendencioso e faz a manutenção do preconceito racial. Portanto, a educação e a realidade brasileira tem uma direta ligação com os povos africanos, sendo esses um dos principais formadores do âmbito sociocultural nacional. Para que efetivamente seja ensinado a história cultura afrobrasileira nas escolas é necessário investimento pelos governos estaduais e municipais em instituições de ensino superior ao desenvolvimento de pesquisas e cursos acerca do estudo da África em geral. Novos materiais didáticos devem ser desenvolvidas, esses usadas por professores com um olhar diferenciado e amplo sobre as potencialidades do conteúdo. O planejamento escolar deve integrar a história africana de maneira interdisciplinar por meio de projetos e planejamentos do ano letivo menos tendencioso a únicas culturas. Logo, a valorização poderá estar presente em território nacional junto a uma sociedade mais integrada as suas diversidades.