O Brasil é uma nação construída por vários povos, assim, essa grande miscigenação de costumes, pensamentos e histórias diversas, conseguiram formar uma cultura rica e especial. Uma taxa enorme dos imigrantes veio de diversos locais do continente africano, ou seja, há uma contribuição expressiva da África na sociedade atual. O país ainda enfrenta o preconceito étnico, por isso, matrizes curriculares, pesquisas históricas e leis estatais que valorizem as religiões, danças, roupas e tradições africanas incorporadas no cotidiano dos cidadãos ainda são pequenas. Porém, alguns estudiosos e antropólogos têm estado mais focados em documentar o que os escravos e seus descendentes ofereceram socialmente, culturalmente, economicamente e politicamente ao Brasil. É muito mais comum ensinar e enaltecer o que os europeus trouxeram para o território brasileiro, uma vez que a visão eurocêntrica de indivíduos brancos, corajosos, vencedores, superiores, cristãos e que enriqueceram muito, permeiam até hoje a mídia, os livros didáticos, os materiais históricos difundidos e a sociedade global. Entretanto, ainda transmite-se o oposto sobre os negros escravizados no passado, logo, há um desprezo pela cultura dos oprimidos e uma exaltação dos colonizadores. Em 2003, ocorreu um grande avanço para mudar esse contexto, já que se modificou a Lei nº 9.394, que determina as direções e bases da educação brasileira. A partir de então, ficou obrigatório o ensino sobre História da África e seus habitantes, os dilemas que os negros enfrentaram no Brasil, como estão presentes na identidade nacional e o que é a cultura Afrobrasileira. É necessário que as Secretarias de Cultura de Igualdade Racial se juntem para realizarem palestras em espaços públicos e privados, distribuam panfletos e façam propagandas midiáticas nas redes sociais, emissoras de rádio e televisão. O foco deve ser mostrar como a cultura africana está presente no país e que a mesma precisa ser divulgada, valorizada e respeitada como qualquer outra. Além disso, o Congresso Nacional precisa criar mais leis que aproximem o povo com a cultura da África e combatam as discriminações que muitos cidadãos sofrem ao expressar a cultura Afrobrasileira nas suas vidas diárias.