Infelizmente, a história e a cultura dos povos africanos segue sendo inferiorizada e desprezada pelo resto do mundo. Dentro desse panorama, encontra-se o Brasil, que nos seus tempos de colônia de Portugal foi um dos países que mais demandou da mão de obra escrava africana. Consequentemente, dados do censo de 2012 mostraram que o país possui hoje metade de seus habitantes com origens afro descendentes. No entanto, a própria população desconhece a história de suas origens, uma vez que as escolas não transmitem com real importância o estudo desta. Diante disso, o ex presidente Luís Inácio Lula da Silva, implantou em seu mandato a lei de numero 9394, que estabelece a inclusão nos currículos das redes de ensino o conteúdo : história e cultura afro-brasileira. Tal lei, representa um avanço na disseminação do autoconhecimento da identidade brasileira á população, e, fornece dessa forma as ferramentas necessárias à interrupção da propagação, entre gerações, do preconceito racial. Vale também ressaltar que dentro do estudo das placas tectônicas existe a teoria da deriva. Essa teoria diz que os continentes americano, europeu, africano e asiático costumavam ser um só – pangéia- ,e, que a vida humana na terra, teria começado na porção hoje conhecida como a África. Portanto, o estudo e a valorização da cultura africana vão além da importância que o povo africano teve na construção do Brasil. Representa, ao contrário disso, o conhecimento acerca da humanidade como um todo. Torna-se evidente, portanto, a necessidade do Ministério da Educação expandir o ensino da cultura africana nos conteúdos que hoje são ministrados nas redes de ensino. Além disso, a mídia precisa valorizar mais a miscigenação da cultura brasileira, reproduzindo novelas e documentários com maior representatividade negra. Em síntese, desde que haja diálogo e comprometimento, entre todas as esferas da sociedade, na valorização da cultura africana, o Brasil estará caminhando para um futuro seguro e justo a todos os seus habitantes.