Para que uma nação se identifique como tal é preciso saber que todos pertencentes à ela possuem a mesma origem, e as Ciências Humanas são grandes responsáveis por isso. Dessa forma, a inserção da História Africana na educação foi uma grande conquista no Brasil, pois os negros são uma das bases socioculturais do país. Mas ela está cumprindo seu papel ou não? De fato, houve avanços à partir de 2003, ano de sua inserção no ensino. A escola passou a ministrar aulas na área da Geografia, História e Literatura que abordassem a África. As universidades passaram a interagir com autores como o moçambicano Mia Couto e pesquisar outras vertentes desse continente vasto, bem como a cultura afrobrasileira. Todavia, diante das conquistas existem desafios que devem ser vencidos. É notória a lacuna na formação docente, pois sua didática está pautada na visão eurocêntrica que, inclusive, a maioria dos livros didáticos estão com a mesma ideia, o que causa dificuldade em lecionar sobre a África. Outro fator importante é a difícil forma de mostrar as religiões de matriz africana por conta desse assunto mesmo o país sendo laico. Diante desses fatores, é preciso fortalecer o ensino da História Africana. As escolas poderiam criar eventos como feiras expositivas que mostrem a história da África e a Afro brasileira com objetos, danças e comidas dessa matriz elaborados pelos alunos, as secretarias de educação devem criar um programa de capacitação ao docente sobre essa vertente africana. Além disso, universidades e escolas podem promover debates sobre em que e como melhorar a forma como se aborda a história brasileira. Por fim, o governo deve investir na pesquisa e criação de livros didáticos elaborados por mestres e doutores que mostrem as três figuras que construíram o Brasil que são, a indígena, a africana e a europeia, quebrando assim a visão eurocêntrica que ainda prevalece nesses materiais.