Na contemporaneidade, observa-se a dificuldade encontrada na inserção de temas nos currículos escolares brasileiros, voltado para a cultura africana. Embora em 1888, tivesse sido assinado a Lei Áurea, que proíbe a escravidão de negros no Brasil, a mesma não trata da reintegração dos negros na sociedade. Além disso, existe um certa negação por parte dos brasileiros em aceitar que sua cultura é formada também pela etnia negra, devido á essa imagem desumanizada. Nesse contexto, fica claro perceber que a cultura afrodescendente sempre foi ignorada por ter sido trazida por escravos. Um exemplo, é que no século XVI, na qual a religião católica era imposta, pelos padres jesuítas, sobre os africanos colonizados. Diante deste fato no processo histórico do país, é inevitável não se estudar a escravidão na época das colônias, mas é necessário um estudo mais aprofundado em relação a esse tema, evidenciando os benefícios da cultura vinda da africana sobre a sociedade brasileira. Em contrapartida, a toda situação de rejeição da cultura africana, o Governo Lula, em 2003, implantou o projeto de inserção no Ensino Fundamental e Ensino Médio do conteúdo sobre a história e a cultura africana. Essa medida impulsionou um certo avanço, uma vez que a falta desse conhecimento tornava maior o preconceito e o repúdio à etnia negra e ao mesmo tempo essa ideia ensinou mais sobre a influência dos mesmos na formação cultura brasileira. Dessa maneira, evidenciando que a implantação do projeto trouxe avanços, mas que não foram os suficientes, é necessário medidas urgentes para reverter esse quadro. O Governo deve incentivar nas escolas a inserção de temas sobre a cultura afrodescendente nos currículos escolares, para que os jovens reconheçam a importância da tal, rejeite todo tipo de preconceito e ao mesmo tempo o conteúdo passa a ser mais cobrado em exames escolares e em provas como o ENEM, exigindo mais atenção a ele. Com o apoio de ONGs e da Mídia, deve criar palestras , que propagem saberes sobre a cultura africana e reconhecendo seu fator de importância na miscigenação brasileira.