A cultura Africana chegou ao Brasil, em sua maior parte, trazida pela escravidão na época do tráfico transatlântico de escravos. No entanto, no século XIX, a matriz cultural de origem europeia foi mais valorizada no país, enquanto que as manifestações culturais afro-brasileiras foram muitas vezes desprezadas, desestimuladas a até mesmo proibidas. Nesse contexto, na contemporaneidade o ensino da história e cultura de tal povo já obteve diversas conquistas, mas, ainda existem desafios a serem superados. É importante pontuar de início que, diversas foram as absorções no ensino da cultura africana. No que se refere a dança por exemplo, a capoeira que era considerada própria de bandidos e marginais foi apresentada em 1953 a Vargas que a chamou de” único esporte verdadeiramente nacional“ além disso, hodiernamente religiões afro-brasileiras são praticadas abertamente por vários intelectuais e artistas só para ilustrar, Jorge Amado, Dorival Caymmi, Vinicius de Morais, e Gilberto Gil. Ademais, em 2003 foi implantada a Lei 10.639/03 propõe novas diretrizes curriculares para o estudo da história e cultura afro-brasileira e africana. Todavia, ainda existem diversos desafios a serem superadas. Segundo o IBGE, 0,3% dos brasileiros declaram seguir religiões de origem africana, embora uns números maiores de pessoas sigam essas religiões de forma reservada. Dessa análogo a isso é possível perceber que embora os avanços, ainda persiste uma visão eurocêntrica histórica na sociedade. Assim evidencia-se que ainda existem desafios a serem superados. Dessa maneira, medidas são necessárias para dirimir os desafios no ensino da história da cultura africana ainda existentes. O Ministério da Cultura de elaborar projetos e feiras culturais, palestras e rodas literárias que promovam o conhecimento de obras de escritores brasileiros e negros como a de Machado de Assis e Conceição Evaristo, e da literatura africana como Chimammanda Adichie e Pepetela Somente assim, se caminhará em prol de uma sociedade mais tolerante e com mais conhecimento sobre sua história e formação identitária.