Título da redação:

Educação : cultura e sociedade

Tema de redação: O ensino da história e cultura africana no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 14/08/2016

O Brasil, por ser o país que possui o maior número de negros no mundo ( excetuando-se a Nigéria) tem heranças visivelmente africanas em sua história, cultura e hábitos. Todavia, apesar disso, tem-se que ainda hoje, nas escolas, pouco se fala a respeito desse povo e suas contribuições à sociedade brasileira. Primeiramente, é importante ressaltar que o Brasil ainda hoje é um país muito racista. Obviamente, para se entender a história brasileira, é fundamental conhecer a européia, visto que sua influência no mundo ocidental é inegável. Contudo, essa parte da história ocupa quase toda a totalidade dos livros de ensino médio, que aliás, até recentemente não possuíam sequer um capítulo dedicado à história africana. Nos últimos anos, essa situação evoluiu algo. Por vários motivos, a história africana passou a ser abordada, mesmo que timidamente, em alguns livros e algumas aulas. Esses, porém, ainda abordam basicamente apenas a escravidão e suas consequências, mostrando sempre o negro como agente passivo e ignorando a história africana como um todo. Além disso, há o fator cultural. Por ter sido sempre taxada e reprimida, a cultura negra foi sempre vista como marginal, ou seja, algo que deve ficar em segundo plano. Isso é notório mesmo em vestibulares, que abordam por exemplo os tópicos China e Japão, que pouco têm a ver com a formação cultural brasileira, com uma frequência muito maior que a África. Portanto, se a omissão à história dessa cultura não for remediada, o racismo, o preconceito e a discriminação continuarão a ocorrer. Percebe-se então a necessidade do maior contato dos alunos com temas relacionados à África, que se dará através da inserção de mais assuntos relacionados a essa em salas de aula, por meio de incentivos contínuos do MEC e governo federal. É preciso também que mais aulas sejam dedicadas a esse tema, assim como o aumento da sua frequência em vestibulares, para que haja inclusive o interesse do aluno em relação ao assunto.