O ensino da história e cultura africana no Brasil enfrenta grandes desafios. Ao longo do processo de formação do Brasil registra-se grande presença do povo africano, que por mais de 320 anos (séc. XVI a séc. XIX) foi escravizado e humilhado em terras brasileiras. As barreiras se encontram na visão preconceituosa e no desinteresse da população brasileira pelo assunto. A questão da descriminalização - fruto da herança histórica - é a causa vanguarda das dificuldades. A população, de forma cultural, tende a desconsiderar o indivíduo de origem africana quando analisa a formação da identidade brasileira. Esse fato cria uma visão teocêntrica e errônea, muitas vezes, disseminada pelo meio social no qual a pessoa, que desta forma pensa, se encontra. Desse modo, evidencia-se a importância de uma maior conscientização da população. A falta de interesse do corpo discente é notavelmente perceptível quando o assunto é tratado em sala de aula. Fatores como a falta de estimulo ao corpo docente, a baixa infraestrutura de várias escolas e os currículos anacrônicos empregados nas aulas podem, gradativamente, desmotivar o aluno prejudicando seu senso crítico e vontade de aprender. Isso dificulta o entendimento e disseminação dessa cultura deverás importante para a formação da sociedade brasileira. Entende-se, portanto, que as dificuldades encontradas no ensino da história e cultura africana no Brasil são fruto do preconceito social, falta de investimentos em educação e falta de interesse por parte da população. A fim de atenuar os problemas, o governo federal deve elaborar um plano de real incentivo a educação fornecendo recursos para uma melhor aplicabilidade do ensino nas escolas, além de aplicar campanhas de abrangência nacional, junto as emissoras abertas de televisão, de modo a estimular a conscientização da população. Dessa maneira, os desafios no ensino desse tema serão, gradativamente, minimizados no país.