Desde 1500 o Brasil recebe em seu território pessoas que imigram pelos mais variados motivos. A população brasileira é ricamente diversificada, sendo composta por índios, europeus e, principalmente africanos, que representam mais da metade da população. Tamanha expressividade não foi, entretanto, motivo suficiente para que os negros advindos da África tivessem a cultura e história reconhecidas e ensinadas aos brasileiros. Assim sendo, muito se sabe sobre os europeus, mas pouco – ou quase nada – sabe-se dos africanos. As raízes da repressão da cultura africana não é novidade, muito pelo contrário, prova disso foi a criação de uma lei que proibia a prática da capoeira, tão comum entre os escravos, logo após a abolição da escravatura. Além disso, é comum que ouça falar dos “heróis brancos”, como Tiradentes, entretanto, não é raro encontrar alguém que não saiba quem foi Zumbi dos Palmares. O eurocentrismo, muito falado quando o assunto é colonização, deixou suas marcas mesmo nos dias atuais. Isso se comprova quando se percebe o valor dos costumes europeus, bem como o ensino da história da Europa em detrimento ao preconceito frente aos costumes africanos. Preconceito este, motivados pela falta de conhecimento das pessoas, que não têm acesso às informações sequer na escola. Para tentar resolver o impasse, foi criada a Lei nº 10.639, buscando coroar a luta do movimento negro de defender o reconhecimento da dessa população como um dos pilares para formação do Brasil. Por isso, a partir de 2003 se tornou obrigatório o estudo da história e cultura negra nas escolas brasileiras, bem como a comemoração da Consciência Negra. Fica evidente, portanto, que muitas conquistas foram alcançadas, mas, ainda assim, a luta em prol do movimento de reconhecimento da história e cultura negra estão longe de terminar. O indivíduo, antes de tudo, deve despir-se de preconceitos e reconhecer que a cultura africana foi de extrema importância para formação da história do Brasil. Concomitantemente a isso, palestras organizadas por ONGs devem cuidar para que um maior número de pessoas escutem e aprendam sobre a história desse povo. Por fim, o governo, se aproveitando do grande alcance que hoje a internet possui, pode fazer curta metragens que expliquem, de forma fácil e divertida a importância que o negro tem e teve durante a história.