Título da redação:

Cultura afro-brasileira: importante mas desvalorizada

Tema de redação: O ensino da história e cultura africana no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 28/06/2016

Apesar de o Brasil ser a nação com a maior população negra fora do continente africano, há pouco ensino da história e cultura africanas no país. Contudo, tal situação vem apresentando sinais de melhora devido às intervenções governamentais acerca do tema. Dessa forma, se por um lado há incentivos para o ensino da cultura afro-brasileira; por outro lado tal cultura ainda é subvalorizada se comparada às outras menos abundantes no Brasil. Diante desse quadro, vale ressaltar que o governo vem trabalhando para a resolução do problema. Em 2003, foram feitas alterações na lei que rege a educação, dando obrigatoriedade ao ensino da cultura e história afro-brasileiras em todas as escolas do país. Desse modo, é possível afirmar que essa alteração foi muito importante para a valorização das múltiplas facetas africanas ainda presentes na nação brasileira. Por outro lado, tal alteração na lei ainda não é o suficiente para resolver a situação. Ainda persiste na sociedade contemporânea a desvalorização da raça, religiões, culinária e músicas de origens africanas, mostrando que o método de ensino atualmente usado não é muito eficaz. As crianças precisariam ter um contato mais direto com a cultura negra, como vem ocorrendo com a cultura americana e europeia, por exemplo. Com isso, imergidos por mais tempo na cultura afro, os alunos teriam outro ponto que se difere daquele que a sociedade impõe, criando assim uma geração mais intelectual e menos preconceituosa. Portanto, além da manutenção da atual lei, novas medidas devem ser tomadas em relação ao impasse. Cabe às instituições de ensino apresentar às crianças as múltiplas culturas de forma igualitária, não apenas em livros, mas imergido-as em atividades como danças, músicas e comidas típicas. Além disso, caberia ao governo criar campanhas sociais de divulgação da cultura afro-brasileira em locais públicos, escolas e universidades. Como disse Kant: “o homem é aquilo que a educação faz dele”.