Título da redação:

Brasil moreno

Tema de redação: O ensino da história e cultura africana no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 03/07/2016

Compreender a história de um país é a forma mais fácil de entender o sua atualidade. A nação é a parte mais importante desta história já que são os humanos que modificam o ambiente e modificam seu futuro. Destas alterações a miscigenação brasileira é a nossa marca registrada. Mesmo com toda sua importância a cultura africana é excluída do ensino nacional muitas vezes por negligência ou preconceito O Brasil e os brasileiros são compostos por três raças o índio, o negro e o europeu. O “mito das três raças” do sociólogo Darcy Ribeiro é a síntese histórica da composição étnica nacional. Mesmo composta de três partes a sociedade brasileira tende a enaltecer duas. A priorização da cultura europeia ocorre especialmente por ter sido a que mais influenciou nossa sociedade. O ensino da história indígena acontece como uma forma de recuperar a originalidade da nação, muito inspirado pelo movimento indianista do fim do século XIX e por obras como “O Guarani” de José de Alencar, que enaltecem os nativos brasileiros. A negligência à história africana ocorre muitas vezes devido ao preconceito e à inferiorização dos povos negros, uma herança da época da escravidão. O Brasil possui uma população negra de 50,7% segundo o censo de 2012. Ignorar a importância da cultura Africana é ignorar a própria cultura brasileira. Grandes obras da sociologia nacional como “Casa grade e Senzala” de Gilberto Freyre ou “Raízes do Brasil” de Sergio Buarque de Holanda retratam claramente a importância negra na formação cultural, linguística, gastronômica, social e comportamental dos brasileiros. Prezar pelo ensino da história africana é um dever e direito dos cidadãos. Leis que garantam o ensino já existem como a Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996, o que falta no país é uma efetiva fiscalização nas escolas e entidades de ensino sobre o cumprimento desta lei. Tal fiscalização pode ser feita tanto pelo governo federal quanto pelo estadual ou municipal. A conscientização dos educadores sobre a importância da cultura negra e o investimento nacional em sua divulgação também são formas de cooperar com a difusão deste componente brasileiro.