Título da redação:

África Mãe

Tema de redação: O ensino da história e cultura africana no Brasil: conquistas e desafios

Redação enviada em 08/07/2016

À África é um continente rico historicamente, pois é considerado pela comunidade científica o berço da humanidade. Por se trata do lugar que tiveram origens, os ancestrais pertencentes a várias espécies do gênero Australopithecus e às espécies primitivas do gênero Homo. Embora, com um patrimônio cultural imaterial milenar a sua história é pouco expandida na formação escolar brasileira. No Brasil, a cultura africana está enraizada desde a formação do país, porém, poucos a conhecem de maneira mais ampla. Deuses como Zeus, Ares ou Afrodite que fazem parte da mitologia grega, são bastante estudados. Entretanto, o culto aos Orixás como Ogum, Xangô ou Obaluaê que fazem parte das crenças africanas e que ainda são cultuados no Brasil, nas religiões afrodescendentes como umbanda e candomblé, não são levados ao conhecimento em sala de aula. Como consequência, os praticantes desses cultos sofrem muito preconceito na sociedade, por serem associados a prática de magia negra. De acordo com o Africanólogo brasileiro Alberto da Costa e Silva, é preciso saber que a história da África é tão bonita quanto a da Grécia. Além do mais, o que é visto nos livros não abrangem o verdadeiro papel dos africanos no desenvolvimento do Brasil. A história tem-se referido a esses povos apenas como a mão-de-obra cativa que foram trazidos a força para a colônia Lusitana, não ressaltando a sua importância para a introdução de técnicas de produção agrícola e de mineração. A história do negro africano dentro do território brasileiro é tão ampla e vasta como a do indígena, ambas as duas culturas possuem valor inestimável para a formação desta nação. Porém, são ofuscadas no conhecimento geral. Portanto, é visível que a história da África e a do Brasil caminham lado a lado. O que falta é expandir o conhecimento para a formação escolar. Algo que o Ministério da Educação aliado ao Ministério da Cultura poderiam levar fortemente as escolas, universidades e a população de maneira geral, com a grade curricular maior voltada para a história dos negros, enfatizando as crenças para que houvesse quebra do preconceito com as religiões afrodescendentes. Criando semanas culturais e congressos sobre a importância da cultura africana no território brasileiro.