O ensino dos hábitos africanos de maneira ampla é fundamental para compreender a formação da identidade social do brasileiro. Mesmo o magistério presente na sala de aula, a sociedade ainda desconhece a cultura afro, prejulgando quando encontra sua manifestação. Logo, para que os desafios da lição sejam vencidos, hão de ser analisadas seus fatores limitantes. Em uma primeira abordagem, é importante sinalizar que, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 86,8% da população é predominantemente cristã. A sociedade brasileira cria então um modelo religioso a ser seguido. Sem a educação dos costumes africanos, os brasileiros utilizam o preconceito para julgarem a presença das ações afro religiosas diferentes do cristianismo, criando um estereótipo. Este julgamento é repassado para as demais pessoas, formando um senso comum discriminante. Sendo assim, quando o professor aborda a questão das práticas africanas no Brasil, o aluno cria desinteresse no tema, pois fora ensinado anteriormente que trata-se de um assunto que foge dos padrões estabelecidos pelo povo brasiliense. É necessário, à vista disso, que a discriminação seja combatida. Em uma análise mais aprofundada, devem ser consideradas as limitações das informações sobre o comportamento afro. Os livros de história abordados nas escolas possuem referências pobres a respeito da temática, dando maior foco aos acontecimentos históricos. A desqualificação do mestre também é outro fato relevante, pois este profissional sem preparo terá dificuldades em lecionar o conteúdo. Logo, embora sendo um tema transversal, encontram-se problemas dentro das próprias instituições de ensino. Torna-se evidente, portanto, que os obstáculos do ensino da história e hábitos africanos no Brasil exigem soluções eficazes. A mídia, por meio de ficções engajadas, deve abordar amplamente a cultura afro, desestruturando o preconceito imposto pelo senso comum. Ao governo, cabe investir na educação de forma que traga profissionais competentes para ensinar eficientemente os costumes africanos, instigando o interesse nos alunos presentes. Dessa forma, a instrução das práticas desses povos se faria mais presente no conhecimento da população brasileira.