Sabe-se que a história brasileira é marcada pela presença africana. Nesse contexto, é dada pouca importância a esse assunto na atual grade curricular do ensino em geral. Isso ocorre não só por descaso governamental, mas também devido à ausência de interesse dos alunos afrodescendentes pela história formadora do país. É notório que o currículo escolar apresenta déficit de grande parte da cultura africana. De fato, os docentes são obrigados a ocultar parte da história ao lecionar as aulas em escolas do ensino fundamental e médio. Exemplo disso é o aluno saber apenas como os africanos vieram para o Brasil e o porquê, deixando de estudar a sua cultura como povo. Como consequência, ocorrem em meio à população contemporânea agressões de todos os tipos, sendo caracterizado pela justiça crime racial, assim como a exclusão social desses indivíduos. Não obstante, a ausência da cultura afro nas atividades escolares se dá também pela falta de interesse dos próprios alunos. Esses afrodescendentes não se preocupam, em sua grande maioria, em aprender e entender a cultura de suas origens. Basta observar a baixa cobrança dos alunos por matérias e atividades relacionadas a esse tema. Tudo isso acarreta para o aumento da discriminação racial entre brancos e negros, além da segregação social dentro das próprias escolas através do pensamento racista e preconceituoso. Logo, faz-se necessário a implantação de medidas com cunho de urgência para a mudança educacional do país. A implementação da cultura africana na grande curricular através ministério da educação, como também projetos federais nas comunidades voltados à cultura afro. Somados a isso, a realização de seminários, teatros e trabalhos escolares voltados aos costumes e crenças deste povo é essencial. Como disse Confúcio, filosofo chinês, “se queres prever o futuro, estuda o passado”.