Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: O drama dos refugiados no Brasil Contemporâneo

Redação enviada em 05/12/2017

No Brasil, a escravidão teve início na primeira metade do século XVI, escravos vinham com mão-de-obra barata, sem perspectiva de vida. De algum modo, é o que acontece no nosso tempo também, refugiados chegam ao Brasil para escapar das consequências de conflitos armados, do autoritarismo político, das condições de vida precária. E o que encontram aqui, no entanto, é um novo conjunto de obstáculos que sustentam um cenário também dramático, acabam enfrentando muitas barreiras para trabalhar e viver no país. A diferença é que naquele período, foi servidão que trouxe eles para cá, hoje, são as guerras mundiais que os trazem. O estado brasileiro hoje, tem cerca de 10 mil refugiados segundo o Conare, a maioria dos solicitantes de refúgio vem de países da África e Oriente Médio, uma vez que, passou a ser considerado um destino viável, um lugar de oportunidades, um país aberto que poderia abrigar as vítimas de uma guerra sórdida. No estado os refugiados têm os mesmos direitos de qualquer estrangeiro legalizado no país pode obter documentos, trabalhar, estudar e ter acesso à saúde pública, por exemplo. O país não só é considerado pelo ACNUR como um pioneiro na proteção internacional dos refugiados, sendo o primeiro país da América Latina a ratificar a Convenção 1951, em 1960, e a integrar o comitê executivo da organização, como também é um dos poucos países na América do Sul que dispõe de um programa de reassentamento dirigido especificamente a refugiadas em situação de maior vulnerabilidade. A política de portas abertas pode trazer benefícios culturais, econômicos, sociais - essas pessoas vão pagar impostos, abrir negócios, gerar empregos, etc. No entanto, a realidade não é tão simples, as dificuldades enfrentadas pelos solicitantes de refúgio são diversas, a começar pelo idioma que é a principal dificuldade, ademais a documentação, acesso a informação e ao mercado de trabalho formal. A locomoção e o visto também são problemas enfrentados, muitos desembarcam sem nem saber onde estão, sem contar com a exigência de visto para realização da viagem, onde muitas vezes tem que arcar com os gastos dos vistos a burocracia para retirá-los. Já após a chegada ao país e a solicitação de refúgio, o protocolo entregue aos refugiados que a princípio era para servir como documento oficial do refugiado enquanto seu reconhecimento é avaliado não é reconhecido pelas diversas organizações e instituições da sociedade. Além desses, pode-se citar outros obstáculos como o acesso ao ensino superior e a validação de diplomas, que pode prejudicar as oportunidades de trabalho, falta de acesso à moradia, o preconceito que ainda persiste, o choque cultural que muitas das vezes é enorme e pode trazer uma sensação de inadequação e isolamento. Diante do exposto, pode-se concluir que falta um plano de ação para lidar com os refugiados após sua chegada no país, é preciso fortalecer as políticas públicas de abrigo e emprego para que a projeção de um fluxo cada vez maior não se transforme em crise. Cabe também a sociedade acolher essas pessoas e conhecer melhor a situação delas para evitar que sofram preconceitos e discriminação