O drama dos refugiados é uma realidade gradativamente presente no cotidiano brasileiro. Indubitavelmente, pode-se perceber que esse cenário é advindo da precariedade das condições socioeconômicas. Assim sendo, é relevante enfatizar que entre as principais forças que fundamentam essa problemática estão à falta de estrutura, juntamente com à falta de políticas públicas. Torna-se fundamental perceber, desse modo, que a precária infraestrutura para o recebimento desses imigrantes é um dos principais responsáveis pela atual conjuntura de arduidade a qual eles são submetidos. Além do mais, é importante salientar que o falho sistema de revalidação do diploma corrobora para o aumento do índice de desemprego no Brasil, ao passo que de acordo com dados o IBGE, o número de desempregados ultrapassou 13 milhões. Outrossim, não há dúvidas de que todos os dias a guerra força milhares de pessoas a deixarem suas casas, essa situação acontece devido as várias formas de violação dos direitos humanos como a intolerância étnica e religiosa, violência generalizada, racismo e preconceito. Destarte, como já dizia Bob Marley, “Enquanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos, haverá guerra”. É importante pontuar, ainda, que à falta de políticas públicas torna-se um fator agravante a qual impede os expatriados de exercerem seu papel de cidadão e possuírem direitos econômicos, sociais e culturais. Neste contexto, segundo dados do Comitê Nacional para Refugiados (Conare), apenas 9,5% dos refugiados foram reconhecidos e regularizados como tal. Por conseguinte, apesar do Brasil ser considerado o pioneiro na proteção internacional dos imigrados, os dados mostram o quão precário é o sistema nacional para receber esses imigrantes. Entende-se, portanto, que a crise dos refugiados é fruto da má gestão pública. A fim de atenuar o problema, a Receita Federal deve investir uma maior parcela dos impostos arrecadados, em que os governos municipal, estadual e federal usarão esse investimento na criação de novos centros de acolhimento e atendimento para os migrantes que desembarcarem no país. Somado a isso, a Polícia Federal, órgão responsável por emitir a Cédula de Identidade do Estrangeiro, deve isentar o pagamento da taxa de emissão do documento, já que a maioria dessa população não possui condições financeiras para realizar tal ato.