No século XX, durante os regimes totalitários, milhares de perseguidos migraram da Europa para outros continentes. Na contemporaneidade, o que se vê, no Brasil, são os negativos aspectos dos dramas dos refugiados. Nessa perspectiva, faz-se necessário argumentar sobre as causas e os efeitos sociais dessa problemática. Embora a naturalização dos estrangeiros seja permitida desde a Carta Magna de 1891 , nota-se que diversos fatores impedem a plena realização desse direito, uma vez que os refugiados são constantes alvos de xenofobia e não recebem subsídios governamentais eficazes que propiciem uma vivência estável. Em decorrência disso, muitos estão sujeitos ao preconceito, a situações excludentes e à ausência de meios comunicativos com os familiares da nação de origem. Além disso, é válido pontuar as consequências geradas por esse problema, pois para Durkheim, a sociedade está disposta na solidariedade orgânica , na qual os impasses alheios não afetam o ser individual, situação análoga a dos refugiados, em que, na maioria dos casos, as crianças migrantes não frequentam escolas, membros da família permanecem desempregados e as condições de vida são precárias. Em decorrência desse fato, essas pessoas encontram-se desprotegidas e sem o cumprimento dos direitos humanos. Fica claro, portanto, que os dramas enfrentados pelos refugiados devem ser combatidos. Para tanto, é fundamental que o CONARE (Comitê Nacional para os Refugiados) garanta os direitos desses indivíduos, por meio de maior fiscalização, a fim de que esses grupos possuam estabilidade e proteção. Ademais, a mídia, mediante sua influência, deve promover campanhas de respeito étnico, com o fito de cessar os atos xenófobos. Logo, tais medidas tomadas em conjunto poderão amenizar os dramas dos refugiados.