O Brasil é um país plural, de muitas tribos e raças, colonizado por estrangeiros, talvez por isso tenha maior receptividade à imigração que outros países. Ao longo de sua história, foi berço de diversos fluxos migratórios: alemães, italianos, holandeses, japoneses, bolivianos e peruanos estão entre as principais nações a exportar cidadãos para o nosso país. Algumas delas com nichos culturais específicos em diversos estados brasileiros, como exemplo, as comunidades japonesas estruturadas em São Paulo e Curitiba. Fato mais recente se deu no estado de Roraima com a imigração de inúmeros venezuelanos, devido aos conflitos políticos ocorridos na Venezuela. Em seu texto constitucional está presente a proclamação de igualdade de direitos entre brasileiros e estrangeiros em território nacional. Ademais, possui mecanismos facilitadores de obtenção da naturalização, como a exigência da permanência, por apenas um ano, para os cidadãos de língua portuguesa se naturalizarem. Com destaque, a nova Lei de Migração sancionada neste ano, que reforça as garantias de igualdade previstas na Carta Magna. Embora haja respeito aos direitos humanos dessas pessoas, não é possível minimizar o sofrimento delas ao deixarem seu país de origem, sua cultura, seus costumes, contra a sua vontade. Tampouco, as dificuldades de adaptação que enfrentam em um novo país, seja na fluência de um outro idioma, seja na reinserção do mercado de trabalho. Assim, é necessário um olhar especial voltado para as vulnerabilidades que estes refugiados possuem, diferenciando-os de outros tipos de migração, buscando a equidade das ações dentre suas diferenças e desigualdades.