O Brasil é atualmente o país dos refugiados. Com histórico de imigração antigo, nosso país se mostra receptivo às pessoas estrangeiras há muito tempo, principalmente com o ciclo do café do sec. XX e a vinda de europeus. Hoje, com as guerras no Oriente Médio e África, o Brasil se mostra como um porto seguro para as pessoas que buscam um refúgio em meio a tantas tormentas. Porém, nem sempre essa recepção é vista com bons olhos pela população, já que as diferenças entre refugiado e imigrante parecem importar mais que o sofrimento de um ser humano. Até quando esse cenário persistirá? No século passado, o Brasil recebeu uma onda de imigrantes, que vinham em busca de condições melhores de vida, uma vez que o país é uma economia forte, mesmo sendo subdesenvolvido. Se no sec. XX as duas grandes guerras e as crises foram o estopim para o deslocamento populacional, atualmente a maior causa é a guerra na síria, além de outras guerras civis no oriente médio e norte da África. Embora a única diferença entre imigrante e refugiado se dá pelas diversas formas perseguições presentes, nota-se hoje a reação de parte da população em relação aos refugiados árabes, a xenofobia, resultado direto do medo pelo desconhecido e por conta do terrorismo visto nos últimos anos. Tudo isso resulta em uma onda de intolerância que prejudica a adaptação desses imigrantes, que na situação de risco em que se encontram, o acolhimento seria bem vindo. Mesmo que nosso país seja pioneiro nas providências tomadas sobre os refugiados, já que concedeu esse status a mais de 8000 pessoas, o destino desses imigrantes é incerto. Sem emprego, muitas vezes essa população acaba indo para as ruas, já que a falta de qualificação ou a tentativa de revalidar diplomas são barreiras entre uma vida digna e a marginalização, podendo acarretar a futuros trabalhos clandestinos, que prejudicam o próprio trabalhador. Desse modo, é fato que a questão dos refugiados é um problema é precisa ser resolvido com urgência. Cabe ao Governo Federal conceder auxílios sociais para essas pessoas, para que consigam se estabilizar no país e possam sobreviver em solo brasileiro. Ainda ao mesmo cabe criar cursos profissionalizantes, assim como agilizar o processo de revalidação de diplomas, com intuito de facilitar a inserção dos refugiados na sociedade e para que tenham empregos dignos, não caindo nas mãos de contratadores clandestinos. Ademais, fica a cargo da sociedade organizar rodas de conversa ou feiras culturais para acolher esses imigrantes, reconhecendo e respeitando as diferenças, e principalmente mostrando o que a de melhor no povo brasileiro: a hospitalidade.