No mundo hodierno, a questão dos refugiados é considerada a maior crise humanitária do século. Os números impressionam: são mais de 65 milhões de pessoas que procuram abrigo em outros países; e o Brasil é um desses. Contudo, por mais receptivo que o país seja, os refugiados sofrem com preconceitos e com a falta de planejamento do governo brasileiro. A priori, é válido destacar como um dos principais dramas vividos pelos refugiados o preconceito. A sociedade brasileira, na maioria das vezes, os vê como números de uma estatística e se esquecem que por trás disso há indivíduos que querem oportunidades para recomeçar. Por conta de uma discriminação errônea, muitos refugiados não encontram espaço no mercado de trabalho e, infelizmente, não conseguem construir uma vida digna no país. Portanto, é necessário um novo olhar do povo brasileiro para esse tema, a fim de acolher e inserir o refugiado na sociedade. Ademais, é relevante observar a falta de um plano de ação prático e eficaz por parte do governo. Não há dúvidas que o Brasil é um dos países mais desenvolvidos quando o assunto é a crise dos refugiados, uma vez que possui uma lei de migração elogiada pela ACNUR (agência especializada em refugiados da ONU) e pela comunidade internacional. Porém, na prática, o Brasil tem dificuldades para lidar com a chegada dos migrantes, pois não existe um programa específico para amparar os que se refugiam no país. Assim sendo, o drama dos refugiados no Brasil seria menor caso o governo realizasse um programa de auxílio que envolvesse, além de uma ajuda de custo para as famílias, a educação, a profissionalização e a reinserção deles no mercado de trabalho. Além disso, é de extrema importância fazer com que a sociedade receba essas pessoas sem nenhum tipo de preconceito, realizando campanhas educativas com a população brasileira.